um teat(r)o de encruzilhada



um teatro de encruzilhada,  transmídia –teatro terreyro elétrico, cruzo de todos os lados: corpo, palavra, imagem, poros, patas, pés, vídeo, movimento, artes visuais, pensamento, mídia tática, poesia, vertigem, viração, atuação... cosmopolíticas!

um teatro de invenção.

comunicAÇÃO: o que se passa entre? 

o teato y a abolição das castrações das cartilhas. a comunicação telepática! a contracenação importa. estar diante de outro y de nós mesmøs, sendo outrøs, abertøs. 

um teatro de f(r)icções cósmicas. 

todos os tabus, nenhuma norma. 

o teatro y seu duplo.

a transformação do tabu em totem.

ser cavalo para receber as entidades. 

as personagens baixam como bruxaria. 

viva o teatro de coros, corais, matilhas! 

a fabulação, as confluências y a diferença que fermenta multiplicidades: eu é um outrø. 

a teat(r)o de encruzilhada como ritual de desmascaramento do teatro das relações sociais. 

só a simbiose nos liga. a ancestralidade de tudo importa, na vida y no teatro. 

presente, passado, futuros. 

a invenção de mundos nø corpø, na cena, nas palavras, na imaginação y nas imagens. 

o movimento. 

teat(r)o de encruzilhada é um viveiro para fermentação de multiartistas, tecnoartistas, bárbaros tecnizados, pessoas humanas de todas as espécies, poetas, cientistas, atores-atrizes-atrozes, dançantes, videógraføs, ornitólogøs, poetas, etcetera, interessadøs nos rituais do teatro total como fio condutor da eletricidade de insurreição das/os corpøs plugadøs no desejo de fazer-junto! de estar em cena, de virar outrøs, como os corais no fundo do mar, os peixes das águas doces y salgadas, os fungos y os cogumelos, as árvores antigas y as aves, as pedras y as matas.

o phoder da presença contra a presença do poder.

no núcleo 3 da 5ª dentição da Universidade Antropófaga, desejamos cultivar as terras machucadas da imaginação. falamos na língua cosmopolítica do teatro, inventamos uma,
y com as suas tecnologias nos colocamos nos frontes do nosso tempo-espaço. 

aqui não lacramos nada: abrimos! viva a encruzilhada


laroyê



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camila mota y cafira zoé. exercícios de imaginação para um teat(r)o de encruzilhada.

fotografias:

1. mata atlântica nativa no parque trianon. clareira-refúgio para leituras da dramaturgia de cacilda. (inéditas)

2. encruzilhada da rua lina bo bardi com a jaceguai, no bixiga. 

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